Pérolas do Atlântico

 

A RUÍNA SUBMERSA

O jardim da ilha que se apresentava florido, moderno e em próspero desenvolvimento, afinal tinha os seus alicerces a desmoronar. A ilha ajardinada , a pérola do Atlântico, foi violada, desbaratada e penhorada para as gerações futuras pagarem.

A ilha não percebeu, na devida altura, que a sua maior riqueza era a sua natureza, a sua história a sua condição insular.

Em vez disso, deixou a ilha cheia de buracos. Feridas na natureza e buracos financeiros.

 

A ILHA À DERIVA

Depois, em vez de se corrigirem os erros estruturais, de se criarem novos alicerces, a ilha quer fazer crer, ter quebrado com o que a ligava ao anterior modelo de desenvolvimento. Hoje encontra-se à deriva. Em vez de ter encontrado novas formas de assegurar a sua sustentabilidade, umas vezes parece querer regressar às fundações anteriores outras vezes percebe-se, à vista desarmada, que vagueia no Atlântico desnorteada.

 

 

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Um pequeno vulcão parece estar a despontar no fundo do mar, ligado à plataforma continental. Promete ser, se um dia emergir acima da linha de água, a melhor ilha para viver no Atlântico e arredores. Porém, a investigação cientifica tem tido grandes dificuldades para descobrir qualquer vestígio que aponte qual será a sua evolução e se tem suficiente magma para dar origem a uma ilha que não desapareça a seguir como acontece a tantas ilhas jovens.

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Uma pérola do Atlântico merecia mais. Merecia mais, merecia saber melhor quais são as opções para o seu futuro. Se vai continuar à deriva, se vai regressar à ilha dos jardins suspensos, ou se vai deixar crescer uma ilha a qual nada se sabe no que vai resultar.

 

 

publicado no JM em 

25 de Abril de 2018

Vem aí o Neo-Jardinismo

Albuquerque já foi com as couves. A tentativa de renovação dentro do PSD num ensaio de mudar o rumo jardinista, tem os seus dias contados.

Pedro Calado, que saiu de vereador da Câmara do Funchal diretamente para a construtora AFA, que teve para ser em 2015 vice-presidente de Miguel Albuquerque, mas não foi, regressa à política, depois de dois anos como administrador do maior empreiteiro da Madeira, para Vice-Presidente do Governo Regional. Miguel Albuquerque passou ao estatuto de corta-fitas e com Pedro Calado, o GR vai colocar de novo a betoneira a funcionar.

Alberto João Jardim que andava ressabiado desde que saiu, escorraçado por Miguel Albuquerque, pela porta dos fundos do seu PSD , ressuscitou agora com esta renovação da renovação. Vem aí o Neo-Jardinismo.