Ser ou não ser, eis a questão

Ao menos, uma vez que seja, aparece aqui um texto de apoio à candidatura de Emanuel Câmara que é escrito em português entendível e revela aquilo que os move.
Não são grandes ideias as que estão expressas no texto que João Pedro Vieira deixou no seu facebook a semana passada. Como ele próprio diz, no ponto 10 do seu gongórico texto, sabe melhor o que não quer para o PS do que aquilo que quer.

Para saber o que não quer, apenas lhe basta dizer mal de Carlos Pereira, a quem aliás dedica quase todo o seu texto. Para saber o que quer, é-lhe suficiente dizer saber o que Emanuel Câmara pensa sobre o que fazer para o futuro da Região.

Porém, o que Emanuel Câmara realmente pensa, dá-me ideia de que nem o próprio sabe muito bem, porque, as únicas coisas que se ouvem quando fala é: 1. sobre o seu herói (ele próprio). 2. Sobre a importância das pessoas (um futuro pelas pessoas) 3. Ouvir os militantes… e por aí fora, num relambório de frases feitas que dizem o óbvio ou não significam nada.

Se mais alguma ideia tem, deve ter dito apenas a João Pedro Vieira e aos militantes que ele convida para os seus jantares/comícios.

É que, sobre Carlos Pereira, já ouvimos, em vários fóruns, dizer o que pensa sobre a prestação do governo regional, sobre o que devia mudar, sobre novas ideias a implementar na região, já escreveu um livro onde denunciou o desastre jardinista, escreve nos jornais e nas redes sociais diariamente o que pensa sobre diversos assuntos e, sobre o PS e a sua afirmação na Madeira, já o disse, varias vezes, quer em congresso quer em outras ocasiões, a forma como o pretende colocar no terreno.

Entretanto parece que Paulo Cafôfo já assumiu (finalmente), que será o candidato a presidente do Governo Regional como líder de uma coligação de partidos, contrariando quase um ano de incongruências e dissimulações. Não me interessa discutir o processo. Já o fiz em 3 artigos que publiquei no JM. ( 1 2 3 )

Interessa-me é constatar que, também sobre Cafôfo, não conhecemos nenhuma reflexão escrita por ele, ou discurso, que vá além de frases feitas e lugares comuns. Peço desculpa. O último artigo de opinião estava bem escrito e explanava algumas ideias com coerência e bem estruturadas, embora, diga-se de passagem, não adiantava nada de extraordinário ao que vários têm dito sobre economia, educação e saúde. Nem parecia escrito pela mesma pessoa que escreveu os anteriores. Parabéns.

É pena que nunca venha a haver hipótese de as discutir com Carlos Pereira, para saber quem é que realmente escreve o quê e o que os distingue num projeto para a Madeira e o Porto Santo.

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